A história de Monte Cassino é rica e fascinante, envolvendo elementos importantes da história europeia, da religião e da guerra. Essa localidade na Itália central, mais propriamente no noroeste da região do Lácio, é conhecida mundialmente pela sua abadia, a primeira casa da Ordem Beneditina, que remonta a cerca de 529 e foi fundada por São Bento de Núrsia.
Como mostrado em suas ruínas, originalmente neste local existiu a cidade romana de Casinum. Posteriormente, o próprio São Bento escolheu este lugar paradisíaco por oferecer uma beleza e tranquilidade ideais para o estudo, meditação e, ainda, a oração da comunidade beneditina.
Parece uma configuração perfeita para uma casa religiosa, mas o Monte Cassino ficaria famoso mais tarde em um contexto triste e sangrento, que simbolizou uma das batalhas mais sérias e custosas da Segunda Guerra Mundial.
Após a perda de Cassino em 575 face aos tropas lombardas, foi dedicado ao treinamento militar para, posteriormente, se destacar na influência e defesa da cultura durante o alto período medieval (séculos IX ao XI). Durante todas essas épocas, a abadia mantinha um papel central em sua região, ao mesmo tempo estabelecendo um grande sistema cultural europeu de escolas.
Por essa razão, o local teve um destaque enorme no contexto do Renascimento, tendo um dos maiores acervos literários e artísticos da Itália, que acabou roubado e "capturado" pelo rei da França, Francisco I, pela força de seu exército em 1527.
Batalha de Monte Cassino (1944) – O Cenário
Ao longo da sua longa história, a abadia do Monte Cassino e seu vale foram testemunhas de muitas batalhas, mas nenhuma como aquela lutada entre janeiro e maio de 1944. Foi uma série de batalhas que resultou em uma imensa destruição em vidas humanas, maioria delas civis, e um estrago profundo ao grandioso patrimônio histórico e cultural italiano.
A Segunda Guerra Mundial atingia seu pico.